Integração da Geração Y (Prática de gestão)

O desafio de se relacionar bem com os novos colaboradores da chamada Geração Y (nascidos entre 1980 e 1994) tem levado a algumas práticas inovadoras. Conheça um exemplo interessante:

Na Bohering, acabaram as palestras formais em auditório. Os estagiários da empresa participam agora de Fóruns no formato do programa Altas Horas, da TV Globo, um clássico dessa geração. O entrevistado fica no centro de um círculo, apresenta suas idéias e responde as perguntas.

Fonte: Época Negócios. Empresa Y. Janeiro de 2010. Pg.97.

Nomes iguais, realidades diversas

Quem pretende entender realmente o país tem de estar atento para o fato de que, mesmo quando, sob o ponto de vista da estatística, se estejam medindo coisas semelhantes, o significado social e econômico dos fenômenos estudados pode ser radicalmente diverso.

Para que esse ponto possa ser mais facilmente entendido, tomemos, por exemplo, as taxas de desemprego. Com pequenas variações e adaptações metodológicas, o cálculo das taxas de desemprego no Brasil e nos Estados Unidos é, substancialmente, igual, e expressa o número de pessoas que, em um determinado momento, não estão trabalhando. Mas até que ponto a comparação entre as taxas de desemprego dos dois lugares é um bom instrumento para analisar esse aspecto da realidade econômica e social? E até que ponto, quando os números demonstram que a taxa de desemprego no Brasil e nos Estados Unidos subiu 1%, está se falando do mesmo fenômeno? Na realidade, as taxas de desemprego no Brasil e nos Estados Unidos, embora calculadas por fórmulas semelhantes, medem fenômenos sociais diferentes.

Nos Estados Unidos, há diversas formas de interromper um contrato de trabalho, cada uma delas ensejando conseqüências diferentes para o empregado. Um trabalhador americano pode ser temporariamente dispensado (temporary lay-off) por força de redução de demanda e flutuações da produção e do consumo; colocado em licença involuntariamente por razão não-disciplinar e normalmente ligada à redução temporária da produção (furlough) ou dispensando definitivamente (permanet lay-off ou cutback). O trabalhador terá perdido o emprego definitivamente somente nos casos em que foi atingido pelo permanent lay-off (ou cutback ou ainda a redundancy, como se diz na Inglaterra). Boa parte do índice de desemprego reflete os temporary lay-offs, ou seja, o desemprego temporário para a acomodação de estoques e de volumes de produção, que tem conseqüências muito pouco traumáticas para os empregados. Neste caso, seus direitos de antiguidade na empresa são respeitados e sua renda pode cair um pouco durante um determinado período, mas os colchões de proteção social dos fundos de desemprego, mantidos pelos sindicatos e pelo Estado e outros mecanismos, ajudam a superar essa situação até a retomada da produção e, com ela, a volta de seu emprego e de seu salário. No Brasil, o desemprego é sempre definitivo, o permanent lay-off, o cutback.

Se alguém é demitido, encerra seus vínculos com a empresa, recebe seus direitos, zera o tempo de serviço e tudo o mais. Já que virtualmente não existe colchão de proteção social algum (a não ser um modesto seguro desemprego), quando acabar o dinheiro que recebeu, ou já arranjou um novo emprego ou passará fome. O seu retorno ao antigo emprego é problemático, pois a legislação dificulta de tal forma a recontratação do mesmo funcionário (mandando somar o tempo de serviço anterior, por exemplo, o que onera o empregador), que é mais prático e barato para a empresa não readmiti-lo quando a retomada da produção exige mais mão-de-obra. Portanto, para um cientista social consciente, o mesmíssimo 1% do Brasil e dos Estados Unidos tem significados radicalmente diversos, pois refletem fenômenos econômicos e sociais que, em substância, são radicalmente diferentes.

Reproduzido de: CASTOR, Belmiro Valverde Jobim. O Brasil não é para amadores: estado, governo e burocracia na terra do jeitinho. Curitiba: IBQP-PR, 2000. P. 19-21.

Uma interessante análise da Rotatividade

Setores como Varejo e Call Centers têm uma Rotatividade tipicamente elevada. Nesses tipos de negócios, uma Rotatividade de 40% pode ser considerada Classe Mundial. Em muitos casos, a Rotatividade pode ser correlacionada com a política salarial adotada. Salários menores correspondem a Rotatividade mais elevada. Trata-se, portanto, de uma estratégia de negócio.

Veja mais: http://www.hrcapitalist.com/2008/11/64-percent-turnover-sometimes-thats-pretty-good.html (em inglês).

Resultados do “Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos” são publicados

Os principais resultados do  “Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos” – levantamento realizado pela Bachmann & Associados, em parceria com a ABRH-PR e com o ISAE/FGV – foram publicados na edição de dezembro/2010 da revista MELHOR Gestão de Pessoas, órgão oficial da Associação Brasileira de Recursos Humanos ABRH. Saiba mais sobre o trabalho. http://blog.bachmann.com.br/2009/12/benchmarking-paranaense-de-recursos-humanos-e-distribuido/

Capacitação das equipes técnicas

A IDCON, empresa de consultoria norte-americana, identificou uma indústria que estima perder 37% de sua equipe de manutenção nos próximos 7 anos, tomando como base a aposentadoria com 63 anos de idade em média. Embora a realidade brasileira seja bastante distinta, análises semelhantes podem antecipar problemas e permitir que ações de capacitação das equipes sejam tomadas em tempo hábil para evitar prejuízos. Afinal, com o arrefecimento da crise, o “apagão de pessoal” voltará a ser tema das conversas dos profissionais de RH

Fonte: Pulp & Paper International. September 2009. p. 13.

Satisfação versus Bem-estar

O Movimento Nossa São Paulo usa, como referência para a avaliação das políticas públicas, indicadores de bem-estar no município. Esta prática não seria mais interessante para as organizações do que a medida do “Clima organizacional” ou da “Satisfação”? Afinal, as empresas tem responsabilidade por manter condições que favoreçam o bem-estar de seus empregados, mas não pode ser responsabilizada pela satisfação, que depende de outros fatores. Ou, em uma abordagem mais completa, os atuais levantamentos de “Clima” poderiam ser divididos em dois resultados distintos. Um medindo o bem-estar e outro o grau de satisfação, já que este último pode estar associado a aspectos mais subjetivos, como não gostar do tipo de trabalho realizado.

A separação permitiria uma gestão mais eficaz, por dar mais clareza às causas dos baixos escores, quando ocorrerem. Qual a sua opinião?

Rotatividade de profissionais qualificados provoca perdas elevadas

Rotatividade elevada, nas funções que detém o conhecimento tecnológico ou do negócio, resulta em uma perda estratégica para a organização. Esta perda é bem exemplificada pela Independent Project Analysis IPA. A consultoria norte-americana, especializada em benchmarking na área de gerenciamento de projetos, constatou um atraso médio de 12% no cronograma, nos casos em que houve substituição do líder do projeto, comparativamente a projetos similares em que o líder permaneceu.

A rotatividade deve ser adequada à estratégia da organização

A Rotatividade ideal é aquela em que a organização consegue reter seu pessoal bem qualificado e substituir aqueles que apresentam deficiência no desempenho. A rigor, o valor ótimo dependerá da situação específica de cada organização e do mercado. Portanto, é importante entender que a rotatividade deve ser adequada às peculiaridades do setor e à estratégia da organização. Assim, é esperado que a rotatividade ótima no varejo seja superior aquela de uma empresa de software, por exemplo.